CEVAL marca presença em reunião do Conselho Consultivo da AECT do Rio Minho

Autarquias do Alto Minho e Galiza lançam marca de destino ecoturístico do rio Minho

O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT) do Rio Minho vai lançar, dia 13, uma marca turística com o nome daquele curso internacional de água, para promover a eurorregião Galiza/Norte de Portugal, assente no conceito “Dois países, um destino”.

“Vamos lançar a marca turística do rio Minho, como uma marca de qualidade. Temos um território comum, marcado por um fenómeno geográfico que é o rio Minho, que dá identidade a um e outro lado e que oferece uma paisagem comum, práticas desportivas comuns, gastronomia, meio ambiente. São propostas que vão integrar um destino ecoturístico único assente no conceito dois países, um destino”, afirmou, hoje, o diretor do AECT Rio Minho, Uxío Benítez.

O AECT Rio Minho, com sede em Valença, abrange um total de 26 concelhos: dez da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho e 16 concelhos galegos da província de Pontevedra com ligação ao rio Minho.

O responsável, que falava na Escola Superior de Ciências Empresariais (ESCE), em Valença, no Alto Minho, à margem da instalação do Conselho Consultivo AECT Rio Minho, referiu que o lançamento daquele destino ecoturístico é o projeto “emblemático” da Estratégia do Rio Minho Transfronteiriço 2030.

A Estratégia 2030, elaborada entre 2017 e 2019, “é o principal produto do projeto Smart_Minho, ao abrigo do qual foi criado do AECT Rio Minho, e que é cofinanciado em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça Espanha-Portugal 2014-2020 (POCTEP 2014-2020).

“A Estratégia do Rio Minho Transfronteiriço 2030 não se esgota com o trabalho de redação de dois anos das universidades públicas da eurorregião e das administrações públicas envolvidas. Pretende, sim, ser a porta de um processo estratégico continuado, a médio prazo, que permita ativar o território transfronteiriço numa lógica unitária e coerente. A Estratégia 2030 constitui, portanto, uma ferramenta dinâmica que procura articular as ações futuras no território do Rio Minho Transfronteiriço e que liga a consecução do seu sucesso à cumplicidade da sociedade civil”, lê-se no agenda hoje apresentada e a que agência Lusa teve acesso.

Segundo Uxío Benítez, o documento integra os contributos de “seis universidades, três portuguesas e três galegas, agentes sociais e políticos do território e contem objetivos e ações, que congregam as visões dos dois lados da eurorregião, e que serão concretizadas no horizonte temporal do novo quadro comunitário de apoio, 2030”.

“É um documento vivo que ainda irá incorporar e ser enriquecido com outras iniciativas que venham a surgir”, referiu, sublinhando que a estratégia conjunta foi traçada “sem serem conhecidos os fundos comunitários que estarão disponíveis até 2030”.

O responsável classificou de “muito importante” a instalação, hoje, do conselho consultivo do AECT Rio Minho, composto por 25 entidades portuguesas e galegas, para fazer a “assessoria” daquele agrupamento transfronteiriço.

“Um dos problemas históricos do rio Minho, por ser um curso internacional, é ter muita gente a mandar, mas sem ninguém mandar. Isso dificulta projetos estáveis e estratégicos”, reforçou, acrescentando tratar-se de um território “com muitas potencialidades e geoestratégico por estar situado entre as cidades de Vigo, na Galiza e, do Porto, no Norte de Portugal”.

A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Maria do Céu Albuquerque disse ter aceitado o convite para estar presente na instalação daquele órgão para “testemunhar” a cooperação entre os dois países.

“É potenciar um recurso endógeno que é o rio Minho e à volta desse rio e desse potencial endógeno que esta região fronteiriça apresenta juntar uma estratégia para crescemos juntos. O caminho é este”, referiu.