Índice Sintético de Desenvolvimento Regional

Índice Sintético de Desenvolvimento Regional

INE, Ed. 2018

 

Em 2016, de acordo com os resultados do índice sintético de desenvolvimento regional, quatro das 25 regiões NUTS III portuguesas superavam a média nacional em termos de desenvolvimento regional global – as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, a Região de Aveiro e o Cávado.
O Índice Sintético de Desenvolvimento Regional (ISDR) baseia-se num modelo concetual que privilegia uma visão multidimensional do desenvolvimento regional, estruturando-o em três componentes: competitividade, coesão e qualidade ambiental.
1. Índice de competitividade
O índice de competitividade pretende captar o potencial (em termos de recursos humanos e de infraestruturas físicas) de cada região em termos de competitividade.
O retrato territorial do índice de competitividade revela que as regiões com índices mais elevados se concentram no Litoral do Continente.
A Área Metropolitana de Lisboa apresentava o índice de competitividade mais elevado, destacando-se das restantes regiões. A Área Metropolitana do Porto, a Região de Aveiro e o Alentejo Litoral também superavam a média nacional.
2. Índice de coesão
O índice de coesão procura refletir o grau de acesso da população a equipamentos e serviços coletivos básicos de qualidade, bem como os perfis conducentes a uma maior inclusão social e a eficácia das políticas públicas traduzida no aumento da qualidade de vida e na redução das disparidades territoriais.
Neste índice , os resultados obtidos refletiam um retrato territorial mais equilibrado do que o observado para a competitividade, na medida em que, em oito das 25 regiões NUTS III, o índice de coesão superava a média nacional. Nesta componente do desenvolvimento regional, os resultados relativos a 2016 geram uma imagem territorial de maior coesão no espaço central do Continente e no Litoral norte, destacando-se a Área Metropolitana de Lisboa, o Cávado e a Região de Coimbra com os índices de coesão mais elevados.
3. Índice de qualidade ambiental
A qualidade ambiental está associada às pressões exercidas pelas atividades económicas e pelas práticas sociais sobre o meio ambiente (numa perspetiva vasta que se estende à qualificação e ao ordenamento do território), mas também aos respetivos efeitos sobre o estado ambiental e às consequentes respostas económicas e sociais em termos de comportamentos individuais e de implementação de políticas públicas.
Os resultados de 2016 para o índice de qualidade ambiental destacavam as regiões do Interior continental português e as regiões autónomas com desempenhos mais elevados. A média nacional nesta componente era superada por 15 das 25 regiões NUTS III, verificando-se uma disparidade territorial menor do que a observada para as restantes componentes. Terras de Trás-os-Montes era, em 2016, a região NUTS III portuguesa com melhor desempenho no índice de qualidade ambiental.
Em 2016, as quatro sub-regiões que se situavam acima da média nacional no índice sintético de desenvolvimento regional partilhavam a característica de estarem aquém daquele referencial em, pelo menos, um dos três índices parciais: por um lado, a Região de Aveiro e as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto não superavam a média nacional na qualidade ambiental; por outro lado, o Cávado não atingia a média nacional na competitividade e marginalmente na qualidade ambiental.
No extremo oposto, com desempenhos abaixo da média nacional nos quatro índices, encontravam-se as regiões NUTS III Algarve, Oeste, Viseu Dão-Lafões e Lezíria do Tejo.

Destaque INE

Anexo

03/08/2018

Fonte:INE

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