60,7% do comércio nas zonas raianas do Alto Minho está abaixo dos 20%

Duas semanas depois da reabertura da economia, 40,6% dos inquiridos em estudo da CEVAL referem que turistas e visitantes galegos representam mais de 80% das suas vendas

A Confederação Empresarial do Alto Minho, que sempre disse concordar com o fecho das fronteiras determinado pelo Governo, procurou com este estudo chamar a atenção para as dificuldades que o comércio transfronteiriço está a sentir, considerando ser ‘imprescindível estar próximo e ouvir as empresas raianas, cujos negócios dependem dos turistas e visitantes galegos’.

Quanto ao estudo agora revelado, 82,9% dos empresários inquiridos revelou que a atividade do seu negócio foi totalmente condicionada como resultado da implementação do Estado de Emergência.

Quando questionados relativamente à reabertura depois da passagem do Estado de Emergência para o de Calamidade, 37,1% dos inquiridos disseram ter reaberto o seu negócio a 4 de maio, 37,1% revelaram não ter ainda retomado a atividade, já 25,7% indicaram que nunca suspenderam a sua atividade.

Quando questionados sobre o volume atual de clientes, tendo como referência o volume de clientes no período pré-crise, 60,7% dos comerciantes inquiridos revelaram uma redução para menos de 20% do volume normal de clientes.

91,4% das empresas inquiridas afirmaram que a Galiza tem impacto nas vendas dos seus negócios, 40,6% referem mesmo que os galegos representam mais de 80% das suas vendas.

Na semana em que se ficou a saber que as fronteiras continuarão fechadas até 15 de junho, quando questionados sobre o período de tempo que conseguirão suportar a não abertura das fronteiras, 30% das empresas inquiridas afirma que conseguirá aguentar o seu negócio menos de um mês.

Como consequência da não abertura de fronteiras, 42,3% dos comerciantes inquiridos pondera despedir trabalhadores e 30,8% diz mesmo que poderá ter de encerrar a atividade.

Realizado entre os dias 05 e 15 de maio, o inquérito ‘Reativação da Economia nas regiões de Fronteira’, contou com a colaboração de 70 as empresas do comércio, restauração e hotelaria das regiões raianas de Caminha, Melgaço, Monção, Valença e Vila Nova de Cerveira.

Este estudo está disponível para consulta e download gratuito aqui (https://bit.ly/3bK5JTo).