CEVAL participa em reunião do projeto Projeto Urb-en Pact – Together Towards zero net energy cities da CIM – Alto Minho

A ambição de um território Net Zero Energy até 2050

A Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) foi uma das entidades que participou na reunião de stakeholders do projeto Projeto Urb-en Pact – Together Towards zero net energy cities (no âmbito do programa URBACT III), cujo parceiro português é a CIM – Alto Minho, que tem como objetivo central contribuir para que o Alto Minho possa evoluir progressivamente no sentido de se tornar um território com um balanço nulo de energia (zero net energy cities), até 2030.

Sobre o Projeto

O projeto Urban Energy Pact (Urb-En Pact) é uma rede composta por 8 cidades e territórios europeus, selecionados no âmbito do Programa URBACT III Redes de Planeamento de Ação. Com o contributo de todos os “stakeholders” (agentes sectoriais territoriais), pretende-se definir um plano de ação concreto que permita que cada cidade/ território parceiro se torne um território Net Zero Energy antes de 2050.

Este ano, na Europa, foram aprovadas 23 novas redes de planeamento de ações. O Urb-En Pact é o primeiro e único projeto URBACT que aborda as questões energéticas e os desafios emergentes da necessidade, cada vez mais premente em virtude da emergência climática, de produzir localmente a energia que usamos e consumimos para todas as nossas atividades.

Os parceiros da rede Urb_En Pact são:- Clermont Auvergne Métropole (França), Parceiro líder;- o Município de Galati (Roménia);- o território de Bialystok (Polónia), que integra 10 municípios polacos;- a CIM Alto Minho (Portugal);- a cidade de Palma di Montechiaro (Itália);- Métropole Rouen Normandie (França);- o Município de Elefsina (Grécia);- Eco-Fellows Ltd. (Cidade de Tampere) (Finlândia).

Urb-En Pact – Um Projeto Pioneiro e Ambicioso
Presentemente, 75% dos cidadãos europeus vive em cidade, o que representa cerca de 80% do consumo de recursos naturais. Estas cidades produzem 50% dos resíduos e 75% das emissões de gases de efeito estufa. Consequentemente, estas, enquanto sistemas de produção e consumo, encontram-se entre os primeiros fatores responsáveis pela degradação do meio ambiente, do clima e da qualidade do ar, sendo o seu impacto sentido em todo o mundo. Se nada for feito, a situação só piorará – as Nações Unidas estimam que, em 2050, 66% da população mundial viva em áreas urbanas.

Cidadãos, instituições e empresas estão cada vez mais conscientes do esforço e progresso coletivos necessários para reduzir a pegada das nossas cidades, no meio ambiente. A questão da energia, seja em relação à sua produção ou consumo, é uma questão central que o projeto Urb-En Pact pretende abordar.

Um território Zero Net Energy deve produzir e fornecer a energia necessária para os seus cidadãos, serviços públicos e empresas, incluindo toda a sociedade no ciclo da energia, projetada como uma economia circular local.

Para atingir o objetivo estabelecido pelo projeto Urb-En Pact, vários desafios precisam de ser ultrapassados:- como produzir essa energia num perímetro reduzido, dentro e ao redor da área metropolitana?- que tipo de mix energético deve ser escolhido: eletricidade, gás, geotérmica etc.?- quando é que essa produção ocorre ao longo do ano (mudanças sazonais)?- como fornecer essas diferentes fontes de energia?- como armazenar a energia?- como fortalecer os vínculos entre produção e consumo de energia?

Um Pacto a ser Concluído
Além dos aspetos técnicos e tecnológicos, o objetivo do “território Zero Net Energy” não pode ser alcançado sem a contribuição de todos: famílias, cidadãos ativos, empresas e instituições públicas. Todos e cada um precisarão de contribuir para reduzir o consumo de energia no território, para que as necessidades residuais possam ser integralmente satisfeitas por energia verde e sustentável, produzida e entregue localmente.

A inclusão dos cidadãos e a conscientização dos consumidores ao nível local estarão no centro do desafio. O principal objetivo será reforçar o envolvimento do cidadão e do consumidor na produção de energia, comércio justo e consumo de energia no dia-a-dia.

O Programa Europeu de Cooperação Territorial URBACT
Desde 2002, o programa URBACT visa promover a cooperação territorial e o desenvolvimento urbano sustentável nas cidades da Europa. O programa é dirigido a cidades ou territórios que enfrentam um desafio urbano com o qual se desejam comprometer e para o qual desejam desenvolver novas soluções com uma abordagem participativa. As redes têm uma vida útil de 2,5 anos, divididas em duas fases sucessivas: 6 meses de preparação e criação do consórcio e 24 meses de implementação.

O URBACT é um instrumento da política de coesão, cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e pelos 28 Estados-Membros.

Programa URBACThttps://urbact.eu