Governo revela hoje regras do novo confinamento. Isto é o que já se sabe

O novo confinamento deverá ter um horizonte de um mês, mas as medidas são reavaliadas após 15 dias. As escolas deverão continuar abertas, existindo ainda dúvidas quanto aos alunos com mais de 12 anos.

Depois do período do Natal e do Ano Novo, Portugal tem registado um aumento do número de novos casos de Covid-19, levando o Governo a definir medidas mais apertadas para os próximos tempos. Será no Conselho de Ministros desta quarta-feira que as regras serão definidas, mas o Executivo tem nos planos um confinamento semelhante ao de março, durante um mês.

“O consenso generalizado é que, perante o que são números verificados e a tendência manifesta de crescimento da pandemia, é essencial adotarmos medidas, e que essas medidas tenham o horizonte de um mês e perfil muito semelhante ao que adotámos logo no início da pandemia, em março e abril“, reiterou o primeiro-ministro, após a reunião com os especialistas no Infarmed.

Apesar deste horizonte, as medidas serão reavaliadas após 15 dias, tal como já tinha acontecido anteriormente, adiantou António Costa. Consoante a situação epidemiológica no final desse período, o Executivo avaliará a necessidade de manter, apertar ou aliviar as medidas de restrição em vigor.

Uma das principais diferenças para março, e que está ainda em análise, são as escolas. O primeiro-ministro sinalizou desde o início que não tinha nos planos o encerramento das escolas, por não existirem evidências de que o justifiquem. Após a reunião desta terça-feira, ficaram dúvidas sobre a “faixa intermédia” nas escolas, ou seja, jovens com mais de 12 anos.

No entanto, o chefe do Governo descartou já a possibilidade de “interromper atividades de avaliação” como as do Ensino Superior e afirmou que, “relativamente às crianças mais pequenas, nada justifica o encerramento das escolas”. Já para a faixa intermédia”, serão tidas em ponderação as opiniões de várias figuras políticas e outros “atores”, referiu António Costa.

Quanto às restantes medidas, em março existia o dever geral de recolhimento domiciliário. Já para este confinamento, uma hipótese parece ser “estender a toda a semana” as medidas típicas do fim de semana, que na maioria dos concelhos é um recolher obrigatório a partir das 13h, como sinalizou António Costa. Já os fins de semana deverão continuar com estas medidas.

Quanto aos estabelecimentos, o ministro da Economia admitiu a possibilidade de encerrar a restauração e o comércio não alimentar, no âmbito do novo confinamento. À semelhança do que aconteceu na primavera, os estabelecimentos poderão, ainda assim, funcionar em regime de take-away e de entregas ao domicílio. Contudo, estabelecimentos como farmácias e supermercados continuarão abertos.

Sobre os diferentes tipos de lojas e de comércio, o Governo ainda não decidiu, como informou este sábado a ministra da Presidência. Segundo adiantou a deputada do PEV, Mariana Silva, à saída da reunião com o Executivo neste fim de semana, “poderá haver algumas dúvidas com barbeiros, cabeleireiros e algum comércio mais essencial”.

Quanto ao teletrabalho, como aconteceu até agora, este deverá continuar a ser obrigatório para as empresas que o possam praticar sem interferir na sua atividade.

Fonte: ECO