Mercado: Países Baixos

Os Países Baixos, com perto de 17 milhões de habitantes e metade da área de Portugal, possuem um PIB per capita dos mais elevados da União Europeia: 40 900 euros em 2016.

Com uma localização estratégica no centro da Europa, o país constituiu um importante centro de comércio internacional e plataforma logística para outros mercados, dispondo de uma extensa e moderna rede de estradas e ferrovias que permite aceder a 160 milhões de consumidores em menos de 24 horas. O maior porto marítimo europeu localiza-se em Roterdão e em Amsterdão situa-se o quinto maior. O aeroporto de Schiphol está também entre os cinco maiores da Europa.
Nos Países Baixos, localizam-se mais centros de distribuição do que em qualquer outro país do continente, constituindo um hub fundamental no quadro da distribuição na Europa.

Este é um mercado sólido, relativamente pouco afetado pela crise económica, com oportunidades crescentes para alimentos saudáveis e sustentáveis e produtos diferenciados e de qualidade, incluindo especialidades com origem certificada.

Os Países Baixos foram, segundo o Banco Mundial, a 17ª economia mundial em 2015. Com uma situação geográfica estratégica, o país constitui uma placa giratória do comércio europeu e um centro de distribuição das importações e dos investimentos provenientes, nomeadamente, da Ásia e dos EUA.

Alguns números:
– Previsão da CE: aumento do PIB 2% em 2017 e 1,8% em 2018
– Previsão do aumento das importações de bens e serviços em 3,9% em 2017
– 8º importador mundial de bens
– 7º importador mundial de serviços
– 6º cliente de Portugal de bens e serviços
– 4ª posição do ranking de competitividade

Após uma retoma da economia holandesa registada nos três últimos anos, a Comissão Europeia prevê que o PIB cresça 2% em 2017 e 1,8% em 2018. Por outro lado, as importações de bens e serviços deverão aumentar 3,9% no corrente ano.

Na área do comércio o país foi o 8º importador mundial de bens (com uma quota de 3% do total em 2015) e 7º de serviços (3,6%). Em termos de investimento, a UNCTAD estima que os fluxos de IDE captados pelos países Baixos tenham atingido, em 2016, 46 mil milhões de USD, posicionando o país como 8º recetor mundial (e 3º da UE).

Os Países Baixos posicionaram-se, em 2016, como o 6º cliente de Portugal de bens e serviços, absorvendo 4,1% do total das exportações, que atingiram 3,1 mil milhões de euros (+3,1% face ao ano anterior), sendo que as vendas de serviços aumentaram 9,4%, enquanto as vendas de bens diminuíram 5,8%.

Em termos de posição de investimento direto (ID) com o exterior, o stock de ID dos Países Baixos no nosso país (de acordo com o Princípio Direcional) registou, no final de 2016, cerca de 28,7 mil milhões de euros, tendo este país sido o principal mercado emissor de ID (com uma quota de 25,6%).

É de referir que, em termos de tributação, o país oferece um ambiente atrativo aos empreendedores (Competitive Fiscal Climate), concedendo benefícios ou vantagens fiscais e aplicando, em sede de imposto sobre as sociedades, uma taxa de 20% sobre os primeiros 200 000,00 euros dos lucros tributáveis e uma taxa de 25% sobre o montante excedente.

Segundo o “Global Competitiveness Report 2016-2017” (World Eonomic Forum), os Países Baixos ocupam a 4ª posição do ranking de competitividade entre 138 países (1ª da UE).

O consumidor holandês é, tradicionalmente, muito sensível ao preço, o que pode representar uma oportunidade para os produtos portugueses com boa relação qualidade-preço.