Presidente da CEVAL aborda impacto do Brexit no Alto Minho em declarações ao Jornal Dinheiro Vivo

Depois de há uns meses atrás ter partilhado ao site Dinheiro Vivo a sua preocupação relativamente ao impacto do Brexit no Alto Minho, o Presidente da Ceval | Alto MinhoLuis Ceia, voltou agora (numa altura em que se efetiva a saída do Reino Unido da UE) a traçar o sentimento generalizado dos empresários da região.

 

(…) A mesma lógica tem sido seguida pelas empresas de vinhos verdes e Alvarinhos do Alto Minho. “Com receio de eventuais taxas, tem havido um aumento das encomendas como forma de se defenderem de uma eventual penalização que possa haver na forma de preços mais elevados ou, eventualmente, com interrupções na cadeia de fornecimento”, diz Luís Ceia, presidente da Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL). Na mesma região, quem sentiu o pé no travão foi o setor dos componente automóveis.

O Alto Minho tem mais duas dezenas de fábricas e as vendas para o Reino Unido caíram cerca de 10% até novembro. “Desde que esta incerteza toda começou, tem havido uma redução das encomendas de componentes pelas fábricas de montagem que estão no Reino Unido, como forma de se protegerem e de criarem outro tipo de relacionamentos, já que o automóvel é uma cadeia longa com efeitos dominó e longa no tempo.

Qualquer mudança de projeto não se faz de um dia para o outro”. Mas se as vendas para o Reino Unido caem, têm sido amplamente compensadas por um reforço da procura na Autoeuropa e pela fábrica da PSA em Vigo, que levou à aposta de novos investidores franceses e espanhóis no Alto Minho. “Com o projeto da PSA, em parceria agora também com a FIAT, há um projeto de ampliação da fábrica. Há um aumento claro dos fornecedores e muitos desses fornecedores estão a localizar-se no Alto Minho”.

O Alto Minho, de resto, mantém a taxa de desemprego mais baixa do norte de Portugal, à volta dos 4%, e Luís Ceia refere inclusivamente faltas de mão-de-obra. “Muita dela já está a vir de Espanha”. (…)

 

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