SMALL MATTERS

Organização Internacional do Trabalho

O estudo revela que 7 em cada 10 trabalhadores/as trabalham por conta própria ou trabalham em pequenas empresas, uma constatação que que tem implicações significativas nas áreas do emprego e das políticas de apoio às empresas em todo o mundo.

De acordo com estimativas do Organização Internacional do Trabalho (OIT), o trabalho por conta própria, as microempresas e as pequenas empresas possuem um papel bem mais importante do que se pensava na criação de postos de trabalho.

Os dados recolhidos em 99 países permitiram perceber que as chamadas “pequenas unidades económicas” representam mais de 70% do total do emprego, fazendo, de longe, com que sejam os motores mais importantes do emprego.

Os resultados possuem “elevada relevância” quanto às implicações nas políticas e programas de criação de emprego, empregos de qualidade, start-ups, produtividade das empresas e formalização do trabalho. Segundo o relatório é necessário maior foco nestas pequenas unidades económicas.

A informação foi publicada no novo relatório da OIT “Small matters: Global evidence on the contribution to employment by the self-employed, micro-enterprises and SMEs”.

O relatório também revela que nos países de elevados rendimentos, 58% do total do emprego é da responsabilidade das pequenas unidades económicas, enquanto que nos países de baixo e médio rendimento a proporção é consideravelmente maior. Nos países com menores níveis de rendimento a proporção de emprego nas pequenas unidades económicas é quase 100%.

O documento recomenda que o apoio às pequenas unidades económicas seja uma parte central das estratégias de desenvolvimento económico e social. Destaca, também, a importância de criar condições para estas empresas, garantindo que sejam efetivamente representadas e que os modelos de diálogo social também funcionem para elas.

Outra das recomendações diz respeito a compreender como a produtividade empresarial é moldada por um amplo “ecossistema”, facilitando o acesso aos mercados financeiros, promovendo o empreendedorismo feminino e incentivando a transição para a economia formal e com respeito pela sustentabilidade ambiental.

Relatório (EN)
Resumo (EN)

 14/10/2019

Fonte:ACT