Não obstante, e apesar do interesse neste tipo de iniciativas, cujo suporte se cinge mais à visibilidade e promoção, são identificadas ainda elevadas falhas ao nível da comercialização, sobretudo no direcionamento e abertura de canais de comercialização, quer através de redes de grande superfície, quer, especialmente, de âmbito digital (comercio on-line), assentes em dissimetrias da oferta a nível de escala, lacunas nas competências internas das empresas nas áreas de marketing e comerciais, a par da ausência de instrumentos e ferramentas de suporte coletivo para o efeito.
Por outro lado, tendo por base a estratégia do AltoMinho 2020 promovida pela Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, verifica-se que a revitalização do tecido empresarial, a promoção da oferta endógena e a capacitação das empresas nas áreas de marketing, comercialização e na utilização de ferramentas de integração na economia digital, são aspetos chave para a revitalização da região, sendo áreas que ainda carecem de evolução e de suporte especializado.
O presente contexto e as carências/potencial de melhoria detetados ao nível das PMEs na abertura e consolidação de canais de comercialização – distribuição por via de grandes superfícies e via digital, são as bases que justificam a conceção e promoção do projeto Way2Market, que assenta na implementação de um plano estruturado de ações e atividades concretas para capacitar as PMEs de meios e ferramentas de penetração em canais distribuição física e digitais, com objetivo potenciar a comercialização da oferta e portefólio de produtos da região do Alto Minho.
O projeto Way2Market, promovido pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) em articulação com os seus membros, associações empresariais de cariz regional e empresas, não parte da estaca zero, e tem presente os resultados alcançados no projeto “100% Alto Minho km0”, focado na criação de uma identidade e marca regional – 100% Alto Minho, contando já com um conjunto de aderentes e PMEs interessadas na iniciativa. Não obstante, é evidente que a sua consolidação e que os seus resultados podem ser potenciados, com uma intervenção efetiva na área de comercialização de produtos, quer por via do suporte na abertura de canais distribuição (grandes superfícies) e iniciativas de promoção coletiva, quer pela criação de plataformas digitais de comercialização do portefólio de produtos regionais de empresas aderentes.