Alemanha
Mercado
A Alemanha, com 82,3 milhões de habitantes, um PIB de 3,5 mil milhões de USD e um PIB per capita de perto de 50 mil USD, em 2016, é a maior economia da União Europeia (UE) e a 4ª a nível mundial, a seguir aos EUA, à China e ao Japão.
Graças a um sector exportador tradicionalmente forte, dos mais competitivos do mundo e o principal motor do seu crescimento económico, a balança corrente alemã beneficia de excedentes estruturais no comércio de mercadorias, que representaram, em 2016, 8,4% do PIB, contribuindo, também, para a sua elevada poupança, que é investida interna e externamente. Nesse ano, a Alemanha foi o 11º investidor mundial.
A Alemanha desempenha um papel fundamental nas relações comerciais internacionais, ocupando, em 2016, o 3º lugar no ranking mundial de exportadores (atrás da China e dos EUA), com 8,4% do valor global das exportações mundiais, e também o 3º lugar no de importadores (atrás dos EUA e da China), respondendo por 6,5% do valor global das importações mundiais.
Pela sua centralidade geográfica e estatuto de potência económica, a Alemanha continua a ser um mercado com potencialidades para o reforço das exportações portuguesas.
Em 2016, a Alemanha foi o 3º cliente de Portugal (com 11,6% do total das nossa exportações de bens) e o nosso 2º fornecedor (13,5% do total importado). As exportações portuguesas de bens para o país registaram uma taxa média anual de crescimento de 1,2%, enquanto as nossas importações tiveram um crescimento médio anual de 6,7%, no período 2012 a 2016, com a balança comercial continuamente desfavorável a Portugal.
Tanto as exportações portuguesas para a Alemanha, como as nossas importações desse mercado, continuaram a apresentar, em 2016, um grau de concentração elevado. Do lado das exportações, dois grupos de produtos, máquinas e aparelhos com 31,7% e veículos e outro material de transporte com 19,9%, representaram mais de metade (51,6%) do valor global exportado para o mercado, seguindo-se os plásticos e borracha (8%), produtos químicos (6,1%) e calçado (6%).
O mercado alemão é, igualmente, importante para o setor dos serviços, como cliente e fornecedor, tendo absorvido, em 2016, 9,7% do total das nossas exportações, e fornecido 7,8% do total das importações portuguesas de serviços. Com uma balança de serviços favorável a Portugal, as principais exportações foram as viagens e turismo com 58,3% do valor global, evidenciando a importância do turismo alemão para Portugal; os transportes com 20,5% e outros serviços fornecidos por empresas com 9,9%.
Vinhos – Breve Apontamento
A Alemanha é o maior importador mundial de vinhos em volume, com 14,6 milhões de hectolitros em 2017, e o terceiro em valor, com 2,4 mil milhões de Euros, a seguir aos EUA (4 mil milhões de Euros) e ao Reino Unido (3,6 mil milhões de Euros).
Em 2017, Portugal manteve a nona posição no ranking de fornecedores de vinho à Alemanha. Relativamente ao ano anterior, as importações alemãs de vinhos portugueses aumentaram acima da média do mercado, atingindo 3,4% em valor e 3,1% em volume. De acordo com o Instituto Alemão de Estatística, a Alemanha importou de Portugal 191 mil hectolitros de vinhos, correspondentes a 41 milhões de euros, os valores mais elevados desde 2012.
Com uma população próxima de 82 milhões de habitantes, o país consumiu, em 2017, mais de 20 milhões de hectolitros e afirma-se como um importante destino para os nossos vinhos. A Alemanha é o único grande mercado produtor que oferece vastas possibilidades para a venda de vinhos estrangeiros.
O hard discount e as grandes cadeias do retalho alimentar, continuam a responder pela maior parcela do vinho vendido na Alemanha, com uma tendência para o alargamento da oferta a vinhos de maior qualidade e de engarrafadores ou de quintas com boa reputação. Todavia, o retalho especializado, canal em que os vinhos portugueses estão melhor posicionados, tem também um papel destacado no mercado.
O vinho biológico representa uma parte relativamente importante da oferta de vinhos no retalho alimentar e nos estabelecimentos especializados em produtos bio e está, também, a ganhar importância no mercado, com alguns distribuidores a aumentarem o seu portfólio.
04/04/2018
Fonte:AICEP
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