Autor: Fernando Gualtieri (CP 1200)a: 22 Setembro, 2020 – 15:25ImprimirEmail
O presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) disse esta terça-feira que o Centro de Interface Tecnológico do Alto Minho (CITAM) começa a funcionar em Novembro para ser o “braço armado” das empresas na inovação.
“O objectivo do CITAM é ser o braço armado das empresas e com elas fazer o trabalho de inovação, de desenvolvimento do produto, de processos e de internacionalização que cada uma, per si, necessitar”, afirmou Carlos Rodrigues à Lusa.
O novo centro deve entrar em funcionamento “até à primeira quinzena de Novembro na In.Cubo”, em Arcos de Valdevez.
Contactado pela Lusa, a propósito da decisão divulgada esta terça-feira pela Câmara de Arcos de Valdevez de que vai participar no CITAM, Carlos Rodrigues explicou que a missão da nova estrutura é “facilitar” o apoio à indústria do Alto Minho.
“As empresas, principalmente as de pequena e média dimensão, mais características da região não têm a capacidade de poder deslocar recursos humanos para se dedicarem à inovação, à investigação aplicada ao desenvolvimento. Será um centro muito mais focado no trabalho com as empresas e para as empresas, prestando serviços de apoio à inovação, ao desenvolvimento de novos produtos, à internacionalização para as empresas do Alto Minho”, especificou Carlos Rodrigues.
O presidente do IPVC adiantou que a constituição daquele centro passa pela criação de “uma associação sem fins lucrativos, que integrará empresas, entidades do sistema científico e tecnológico nacional, como é o caso do politécnico, a Comunidade Inter-municipal (CIM) do Alto Minho, a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) e a Associação para o Centro de Incubação de Base Tecnológica do Minho (ACIBTM)”.
Carlos Rodrigues acrescentou que “o capital social da associação será de cerca de um milhão de euros, a realizar em três anos”.
“O que pretendemos é que a associação seja auto-suficiente. Até lá temos de assegurar os meios para que possa iniciar a sua actividade, sendo que o que se pretende, no futuro, é que o capital social venha a ser maioritariamente privado”, disse.
Carlos Rodrigues destacou que, na região Norte, o distrito de Viana do Castelo “é o único que não tem um centro específico de apoio às empresas que estão instaladas na região”.
“Há infra-estruturas, equipamentos, materiais e laboratórios que já existem e que podem ser rentabilizados, sendo que o conhecimento já existe no IPVC”, referiu.
DINAMIZAR ECONOMIA
O novo centro será instalado na In.Cubo, na freguesia de Guilhadeses, em Arcos de Valdevez. Criada em 2007, aquela incubadora de iniciativas empresariais é participada pela Câmara de Arcos de Valdevez, pelo IPVC e pela Associação para o Centro de Incubação de Base Tecnológica do Minho (ACIBTM).
Na nota enviada esta terça-feira às redações, a Câmara de Arcos de Valdevez refere que “este projecto resulta da associação, por complementaridade de interesse, de instituições de ensino superior, empresas e respectivas associações com organismos públicos dotados de personalidade jurídica, maioritariamente do Alto Minho”.
“O CITAM tem como propósito dinamizar a economia da região, promover actividades de investigação, inovação e desenvolvimento de novas tecnologias, processos e produtos, bem como reforçar o emprego altamente qualificado e o emprego científico”, acrescenta a nota.
No documento, o município presidido por João Manuel Esteves realça que o novo centro “pressupõe o aumento da competitividade do tecido empresarial e social da região, a promoção da capacitação técnica e tecnológica, bem como a promoção da colaboração institucional entre as instituições científicas e de ensino superior com o tecido produtivo”.
“A criação deste Centro de Interface Tecnológico gera benefício social, que se traduz na atracção de investimento para a região, na fixação da população e na melhoria da qualidade de vida das pessoas do concelho e da região”, reforça.