Arcos de Valdevez quer levar espanholas para o quarto parque empresarial

O município do Alto Minho está a investir meio milhão de euros na construção de mais uma zona de acolhimento de empresas, aproveitando a proximidade à Galiza, as medidas fiscais e outras ofertas, desde gás natural à fibra óptica.

Arcos de Valdevez vai ter mais um parque empresarial. Em Álvora, na zona norte do concelho, vai nascer a quarta infra-estrutura do género neste município do Alto Minho para “dar resposta às necessidades de instalação e ampliação de unidades industriais existentes e para acolher novas unidades empresariais”.

Ao Negócios, o autarca, João Manuel Esteves, concretizou que o investimento municipal ascende a meio milhão de euros. Com cerca de 2,5 hectares de área total e ligação à EN 101, dos nove lotes em construção – com uma média de 500 metros quadrados cada –, quatro já estão atribuídos para transformação de granito, reparação de automóveis, torno mecânico e instalações de apoio para a Junta e criar espaços para sediar empresas nesta zona.

 

O Parque Empresarial de Álvora vai ter nove lotes numa área de 2,5 hectares, ligando à EN 101 através da EM 505.

O Parque Empresarial de Álvora vai ter nove lotes numa área de 2,5 hectares, ligando à EN 101 através da EM 505.

 

Sem “sectores de actividade preferenciais” para os cinco lotes ainda por atribuir, o presidente da Câmara, eleito pelo PSD, acredita que a proximidade com Espanha pode ajudar a captar empresas do outro lado da fronteira. “A localização dos vários parques empresariais do concelho tem como uma das grandes vantagens a proximidade e as excelentes vias de comunicação às cidades do Porto e de Vigo”, acrescentou, reclamando ainda a criação de “um ambiente propício à instalação de empresas locais, nacionais e estrangeiras”.

 

“A Câmara tem realizado investimentos na construção e expansão dos parques empresariais, dotando-os de modernas infra-estruturas, desde gás natural a fibra óptica. Criámos um conjunto de incentivos muito interessantes para quem pretende investir, como, por exemplo, a isenção a todas as empresas de derrama e a redução em 50% das taxas, a redução do IMI e IMT e a redução do prazo de licenciamento em 50%, com o programa Via Verde”, resumiu João Manuel Esteves.

 

 

Nas contas deste município do distrito de Viana do Castelo, nos outros três parques empresariais do concelho – em Paçô, Mogueiras e Padreiro –, estão instaladas actualmente cerca de 60 empresas – há ainda uma dezena em fase de instalação –, incluindo indústrias de ponta e líderes nos seus sectores de actividade, como é o caso da Mora ou da também francesa Eurocast (metalurgia), que trabalham, entre outros, para os sectores da aeronáutica, do automóvel, na área dos plásticos ou dos artigos de luxo.

 

A qualidade da mão-de-obra e a existências de escolas de formação profissional no concelho são apontados como outros dos factores relevantes na atracção e fixação das empresas. Além disso, completou o autarca, tem sido feito “um trabalho de promoção, de grande proximidade com os potenciais investidores, com os empresários instalados, com instituições nacionais e estrangeiras e com a nossa comunidade de emigrantes, que tem dado a conhecer estas mais-valias e vantagens de investir em Arcos de Valdevez”.