EUA – Síntese Setorial de Mercado Moldes

Publicação AICEP

A indústria norte-americana compra no exterior a maior parte dos moldes que necessita, o que coloca o país como maior importador mundial do setor. Assim, existe espaço a explorar pelos industriais portugueses, nomeadamente nos moldes para plásticos com requisitos mais exigentes e que incorporam maior valor acrescentado.

Com um aumento médio anual de 12,5% nos últimos cinco anos, as importações norte-americanas de moldes, cresceram muito acima da média mundial e atingiram os 2,4 mil milhões de euros em 2017. Os principais fornecedores foram o Canadá (41%), a China (22%), a Alemanha e o Japão.

Os Estados Unidos da América são o quinto cliente de Portugal e o nosso maior parceiro comercial fora da União Europeia, com as exportações de bens a superar os 2,8 mil milhões de euros em 2017. O mercado é o sexto destino dos moldes portugueses, com 4,6% do total em 2017 e um aumento acentuado desde 2015.

Portugal foi, em 2017, o décimo fornecedor de moldes aos EUA e o quarto no quadro europeu, com uma quota de 0,8%. As importações norte-americanas do setor são, sobretudo, de moldes para plástico ou borracha para moldagem por injeção ou compressão, produtos nos quais se concentram as compras a Portugal.

A indústria dos plásticos, localizada sobretudo na Califórnia, no Indiana e no Michigan, é a terceira maior indústria transformadora nos EUA. Com uma trajetória de crescimento nos últimos anos, em 2016, foi responsável por 965 mil postos de trabalho e movimentou cerca de 404 mil milhões de dólares. Destes, a produção de moldes para plástico representa apenas 1,6 % dos postos de trabalho e menos de 1% do volume de negócios.

A procura crescente de embalagens de plástico, sobretudo pelos produtores locais de refrigerantes e laticínios, aponta para que a utilização do plástico para embalagem nos EUA, atualmente um dos principais mercados consumidores, possa atingir um crescimento acima dos 30% até 2025. Por outro lado, os EUA são o segundo maior produtor mundial de automóveis, responsável pela produção de 11,2 milhões de veículos em 2017 e uma previsão de receita de 300 mil milhões de dólares em 2020. Uma das tendências do setor é a utilização crescente de plástico, para reduzir peso e melhorar a eficiência energética dos veículos.

As características, dimensão e perspetivas do mercado, justificam uma atenção permanente por parte das empresas portuguesas de moldes às oportunidades que os Estados Unidos da América oferecem ao setor.