Finlândia

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Com cerca de 5,5 milhões de habitantes, a Finlândia é a 13ª maior economia da União Europeia (UE) e a 7ª em termos de Produto Interno Bruto (PIB) per capita. De acordo com o Global Competitiveness Index 2017-2018 (World Economic Forum), este país representa a 10ª economia mais competitiva a nível mundial e a 3ª da UE (depois dos Países Baixos e da Suécia).
Foi considerada o 12º melhor país do mundo para o investimento. Este país reúne uma série de atributos que o tornou altamente atraente para a expansão de várias multinacionais. No panorama europeu, a Finlândia constituí o país nórdico com a maior obtenção de projetos de investimento direto estrangeiro, com cerca de 133 projetos iniciados em 2016, o que representa um aumento de 26% relativamente ao ano anterior. O forte desempenho do país, colocou-o na 11º posição no ranking Europeu de atração de investimento externo, superando pelo quinto ano consecutivo, a Suécia, Dinamarca e a Noruega, que ocupam as posições 15º, 18º e 28º, respetivamente.
A sociedade finlandesa assenta, sobretudo, no elevado nível do seu sistema de ensino, em recursos humanos altamente qualificados, na promoção da igualdade de oportunidades e num sólido sistema de segurança social, que enfrenta, atualmente, as ameaças decorrentes de uma população que vai envelhecendo rapidamente. A Finlândia assume uma posição de destaque nas áreas da inovação, investigação e desenvolvimento, e empreendedorismo, com ênfase na promoção de startups.
Dotada de uma indústria muito competitiva, onde se destacam as atividades relacionadas com o setor florestal, metalurgia, biotecnologia, eletrónica, tecnologias de informação e comunicação (TIC), especialmente soluções de software, a Finlândia depende, na grande maioria dos casos, da importação de matérias-primas, energia e componentes. Os finlandeses são um dos principais consumidores de energia da UE em virtude das condições climáticas adversas e de uma indústria fortemente consumidora de energia (madeira, papel e metalurgia). Para fazer face a essa situação, o Governo tem vindo a investir em energias renováveis, que deverão representar 38% da produção total de energia em 2020.
Os principais parceiros comerciais da Finlândia, à exceção dos Estados Unidos da América, são países que lhe estão geograficamente próximos. Em 2017, os cinco primeiros clientes da Finlândia (Alemanha, Suécia, Países Baixos, EUA e Rússia), foram o destino de mais de 41% das suas vendas ao exterior, com destaque para a primeira posição ocupada pela Alemanha, que ultrapassou a Suécia e a Rússia em 2014.
A União Europeia (UE28), no seu conjunto, representou 55,9% das exportações finlandesas em 2017 (53,4% em 2013), e 69,6% das importações (54,6% em 2013). Portugal apresenta quotas diminutas em quaisquer dos fluxos – 0,3% das exportações (46ª posição) e 0,4% das importações (27ª posição).
O comércio de bens e serviços entre Portugal e a Finlândia tem-se vindo a intensificar ao longo dos anos, apresentando ainda uma assinalável margem de progressão. Em 2017, a Finlândia representou 0,75% das exportações portuguesas e 0,20% das importações.
A balança comercial de bens e serviços bilateral é tradicionalmente favorável ao nosso país, tendo o saldo alcançado 228,7 milhões de euros em 2017 (+1,3% face ao ano anterior), a que correspondeu um coeficiente de cobertura das importações pelas exportações de 200%. De salientar que no período 2013-2017, o crescimento médio anual das exportações e das importações foi de 4% e 13%, respetivamente.
Um aspeto a salientar nas trocas comerciais com a Finlândia é o facto de as exportações de serviços representarem perto de metade das exportações totais (49,4% em 2017), enquanto as importações são constituídas fundamentalmente por bens (86,9% das importações totais em 2017).
No que se refere ao comércio de bens, a Finlândia é um parceiro relativamente importante para Portugal, tendo ocupado, em 2017, a 28ª posição como cliente e a 39ª como fornecedor. Em relação ao ano anterior, verificou-se, no primeiro caso, a descida de três lugares do respetivo ranking, acompanhada por uma ligeira descida da quota, mantendo-se a mesma posição e quota enquanto fornecedor. No contexto da UE28, a Finlândia surge como 16º cliente e fornecedor de Portugal.
A Finlândia, como membro da União Europeia (UE), é parte integrante da União Aduaneira, caracterizada, essencialmente, pela livre circulação de mercadorias e pela adoção de uma política comercial comum relativamente a países terceiros.

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07/08/2018

Fonte:AICEP

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