Doze associações empresariais assinaram hoje, em Barcelos, um memorando de entendimento para a criação da Confederação Empresarial da Região do Minho (CONFMINHO), numa iniciativa apontada pelo ministro da Economia como um “exemplo” para o resto do país.
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30/03/21 14:19 ‧ POR LUSA
Numa intervenção por videoconferência, o ministro Pedro Siza Vieira sublinhou a importância acrescida que o “ganho de escala” e o “robustecimento” do movimento associativo ganham em tempos marcados pela “terrível crise económica causada pela pandemia de covid-19”.
“Este movimento que agora se gera irá seguramente criar instituições mais robustas, mais representativas e por isso mais justificadoras de uma outra atenção por parte do Governo e de apoios para a dinamização da sua atividade”, referiu.
Para Siza Vieira, o tempo das associações empresariais de escala exclusivamente local já lá vai, pelo que, frisou, este é “um exemplo que, uma vez mais, nesta matéria como em muitas outras, a região do Minho oferece ao resto do país”.
“Possamos também todos aprender com esta experiência”, rematou.
A CONFMINHO agrega 12 associações empresariais do Alto Minho, Cávado e Ave, representativas de quase 120 mil empresas, com um volume de negócios de 31.316 milhões de euros e com um peso de 7,8 milhões de euros nas exportações.
No memorando de entendimento, lê-se ainda que a região Minho, no contexto do Norte, vale 28% do volume de negócios, 27,8 por cento do total de empresas e 37,9% das exportações.
O documento acrescenta que o Minho é responsável por 72,5% do superavit da balança de pagamentos do Norte, com a contribuição de 3.277 milhões de euros.
As 12 associações empresariais da CONFMINHO integram já a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) e o Conselho Empresarial do Ave e do Cávado (CEDRAC).
Para João Albuquerque, presidente da Associação Comercial e Industrial de Barcelos e do CEDRAVC, a CONFMINHO era uma ambição com mais de 40 anos, para dar “força, voz e escala” a toda uma região.
“Desafios complexos obrigam a respostas diferenciadoras”, referiu, sublinhando que “ambição” será a palavra de ordem da nova confederação.
Luís Ceia, da CEVAL, afirmou que a formação da nova confederação “não foi uma decisão fácil”, mas congratulou-se com o acordo alcançado e com o memorando hoje assinado.
“Estamos a fazer história”, afirmou.
A CONFMINHO reúne, da parte da CEVAL, as associações empresariais de Ponte de Lima, Viana do Castelo e Valença e as associações comerciais e industriais de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca (ACIAB) e de Monção e Melgaço (ACICMM).
O CEDRAC está representado pela Associação Comercial de Braga, pelas associações comerciais e industriais de Esposende (ACICE), Vila Real (ACIVR), Barcelos (ACIB), Vila Nova de Famalicão (ACIF) e Vizela (ACIV) e pela Associação Empresarial de Fafe.
A escritura pública de constituição da CONFMINHO decorrerá em abril, mês durante o qual serão também eleitos o presidente e restantes órgãos sociais.