Para promover uma reflexão mais alargada sobre o estado da economia na região do Minho e no país, a Associação Empresarial de Braga e a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) reuniram e debateram o futuro, os problemas e desafios que os empresários enfrentam.
Luís Ceia esteve na reunião em representação da CIP e garante que “a instabilidade fiscal sentida pelos empresários é atualmente um motivo de grande preocupação”, sendo que chega mesmo a refletir-se no afastamento do investimento estrangeiro e defende que há a necessidade de que se tomem medidas concretas com “um pacto de regime a longo prazo” que volte a tornar a região e o país atrativos ao investimento externo. “Não podemos aceitar que se continue a afastar o investimento estrangeiro de Portugal por não haver uma política fiscal mais amiga das empresas”, defende Luís Ceia acrescentando que é importante que se crie um ambiente mais estável e seguro para que os investimentos aconteçam.
Neste encontro ainda foi feita referência à preocupação dos empresários pela falta de mão de obra em vários setores importantes para o território, como é o caso da hotelaria, restauração e construção civil que acaba por estar muito dependente da mão de obra estrangeira.
Todos partilharam da ideia de que é necessário atrair talentos, fixando a população mais jovem e qualificada, promover a inovação e competitividade empresarial para que se consiga obter efetivamente um desenvolvimento sustentado desta região.
Encontro que contou com a presença de várias personalidades, instituições e empresas reconhecidas na região e também no país. Os debates decorreram ao longo de cinco painéis: “Academia e Investigação”, “Administração regional e local”, “Economia social”, “Associativismo empresarial” e “As empresas”.
Desta reunião alargada resultaram vários contributos que serão partilhados no congresso intitulado de “Pacto Social. Mais economia para todos”, organizado pela Confederação Empresarial de Portugal e que vai acontecer nos dias 20 e 21 de fevereiro, no Edifício da Alfândega do Porto, reunindo centenas de empresários, académicos, pensadores e gestores de forma a serem encontradas soluções que possam transformar o perfil da economia portuguesa.