Alto Minho enfrenta talvez o maior desafio das últimas décadas.
A Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) congratula-se pela reabertura das fronteiras entre o Alto Minho e a Galiza.
Conscientes da penosa e gravosa realidade vivida e sentida pela maioria dos empresários das zonas raianas do Alto Minho durante esta pandemia de COVID-19, queremos expressar todo o nosso orgulho nos empresários, que face às dificuldades enfrentadas nunca desistiram de contribuir para a economia e para o emprego da região.
Temos a plena noção que esta é apenas mais uma fase para a retoma daquilo a que se instituiu chamar de ‘nova normalidade’. Estamos cientes que este processo será gradual e nunca poderá excluir as medidas compensatórias que temos reclamado para a região do Alto Minho. Principalmente se atentarmos à particular dependência da Galiza por parte das regiões raianas do Alto Minho.
O sucesso desta reabertura vai definir muito do desenvolvimento económico futuro do Alto Minho. Esta abertura deverá inevitavelmente ser acompanhada de todas as medidas de segurança necessárias para assegurar que não existirá retrocesso no processo de retoma da atividade económica. Com isto em mente, é fundamental a cooperação entre todos os atores da região (responsáveis de saúde, empresários, responsáveis autárquicos, associações empresariais, sociedade civil), no acompanhamento, fiscalização e dinamização da atividade comercial.
Continuamos exclusivamente comprometidos com as empresas da região e endereçamos hoje uma saudação especial a todos os empresários das zonas raianas do Alto Minho, na esperança que esta reabertura traga a confiança necessária para que voltemos a ver turistas galegos nas nossas ruas e nos nossos estabelecimentos.
Saudamos igualmente a cerimónia pública que juntou chefes de Estado e de Governo de Portugal e de Espanha em Badajoz e Elvas para assinalar a reabertura das fronteiras por considerarmos ser fundamental passar uma mensagem de esperança e estímulo a todos os empresários raianos.
Pela relevância e estímulo deste ato, lançamos o desafio, para que numa cerimónia transfronteiriça futura, a região do Alto Minho possa ser igualmente considerada, pela importância que detém, ao concentrar o maior número de tráfego diário de veículos ligeiros (47%) entre todas as fronteiras portuguesas. Acreditamos que para além de um estímulo para os empresários da região, seria também um simbólico reconhecimento da ímpar ligação que une Alto Minhotos e Galegos.
O comprometimento do Associativismo Empresarial com as dificuldades sentidas pelas empresas como consequência desta pandemia não terminará por aqui. Continuaremos empenhados em ser a voz de cada empresa que hoje, mais do que nunca, precisa desta ajuda isenta, imparcial e objetiva.