Mais de metade das empresas que adotou o teletrabalho equaciona mantê-lo

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Mais de metade das empresas (52%) que adotou o teletrabalho, no quadro das medidas de prevenção e combate à covid-19, equaciona manter esta solução de forma permanente, conclui o inquérito, a que pode aceder aqui, promovido pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal e pelo Marketing FutureCast Lab do ISCTE, hoje divulgado.

Resultados do inquérito promovido pela CIP mostra que mais de 60% das empresas que pediram financiamento no âmbito das linhas de apoio covid-19 ainda não o recebeu, o que é motivo de preocupação.

O inquérito indica que 92% das empresas que podiam recorrer ao teletrabalho o fez, embora a maioria o tenha feito de forma parcial. Isto aconteceu mesmo quando 62% das empresas inquiridas ter referido não ter experiência prévia com este tipo de organização do trabalho.

“Os resultados verificados são positivos, com mais de metade dos inquiridos a dizer que a produtividade se manteve ou aumentou com a adoção do teletrabalho”, apontou o vice-presidente da CIP Rafael Campos Pereira, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados.

“As empresas sentem-se, no geral, mais confortáveis com o regresso ao regime normal de teletrabalho, previsto no código, mas notamos a adesão verificada a esta solução e, também, o grau de prontidão evidenciado pelas empresas, quer em termos tecnológicos, para fazer face aos constrangimentos, quer em termos de garantia de cibersegurança”, acrescentou.

Os dados do inquérito desenvolvido pela CIP, através das associações que a integram, continuam a evidenciar uma avaliação negativa dos empresários e gestores relativamente aos apoios do Estado, com quatro em cada cinco empresas a considerarem que estão aquém do necessário. Também é negativa a avaliação feita dos apoios da União Europeia, com mais de metade dos inquiridos a considerarem-nos inadequados.

Este é o quinto inquérito do Projeto Sinais Vitais, uma iniciativa inédita desenvolvida em conjunto pela CIP e pelo Marketing FutureCast Lab do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, que tem como objetivo recolher e divulgar, de forma regular, informação credível e atualizada sobre o que pensam os empresários e gestores de topo das empresas portuguesas, no quadro da atual situação de exceção.

Os resultados do próximo inquérito serão apresentados a 15 de junho, segunda-feira.