A China regista o segundo maior produto interno bruto (PIB) mundial, em termos nominais, a seguir aos Estados Unidos da América e situa-se na primeira posição em número de habitantes. Segundo dados estimados pelo EIU – The Economist Intelligence Unit, em 2016, a população era de 1 366 milhões de pessoas, sendo o PIB per capita de 8 220 USD.
Embora se tenha verificado um certo abrandamento nestes últimos anos, a economia da China vinha registando taxas de crescimento consideráveis como resultado da reestruturação económica e da sua inserção no contexto internacional. No entanto, está a verificar-se uma mudança, em termos estruturais, na economia chinesa, passando de uma economia baseada na vertente industrial e nas exportações para uma situação em que o consumo interno e os serviços passam a ser importantes motores do seu crescimento económico.
O incremento do PIB foi de 6,7% em 2016 e registou-se um acréscimo do produto interno bruto de 6,9% no primeiro semestre de 2017 (face ao período homólogo do ano anterior), perspetivando-se, no entanto, que possa existir uma ligeira redução no ritmo de crescimento da atividade económica no segundo semestre do corrente ano, prevendo-se um incremento anual do PIB de 6,8%. O EIU perspetiva que possa ocorrer uma desaceleração do crescimento da economia da China em 2018, prevendo um acréscimo do PIB, em termos reais, de 5,8%. A China passou a ser, em 2009, o primeiro exportador e o segundo importador a nível mundial. Enquanto recetora de IDE (investimento direto do exterior), a China ocupou, em 2016, o terceiro lugar no respetivo ranking mundial, subindo, nesse ano, à segunda posição no ranking de mercados emissores de investimento direto no exterior.
Em termos do relacionamento económico bilateral, no âmbito do comércio internacional de bens, o mercado chinês ocupou a 11ª posição no ranking de clientes das exportações portuguesas em 2016, situando-se no 7º lugar enquanto fornecedor. As exportações portuguesas para a China registaram uma taxa média de variação anual, nos últimos cinco anos, de -1,8%. O montante das nossas vendas de bens para a China situou-se em 676,2 milhões de euros em 2016. O número de empresas portuguesas exportadoras de produtos para a China tem vindo a aumentar, verificando-se um crescimento em 2016, face a 2012, de cerca de 34%.
Ao nível das trocas comerciais, desde a sua adesão à Organização Mundial do Comércio, em dezembro de 2001, a China tem envidado esforços na implementação de um conjunto de medidas tendentes a uma liberalização comercial e económica, diminuindo a lista de produtos sujeitos a contingentes, reduzindo as tarifas aduaneiras e dispensando uma variedade de bens da emissão de licenças de importação. Não obstante os progressos verificados, o acesso a este mercado ainda apresenta alguns entraves, pelo que as empresas deverão efetuar os devidos procedimentos de due deligence, salvaguardando, assim, o cumprimento de regras fundamentais quando da realização de negócios com a China.
A China é ainda o maior mercado mundial de consumo online – uma em cada duas transações de e-commerce no mundo passa pelo território chinês – e as suas receitas continuam a aumentar.
Existem várias razões para a emergência do comércio online na China, entre as quais, o crescimento da classe média chinesa, a perceção da melhor qualidade dos bens importados face aos produzidos localmente, a redução do risco de adquirir produtos contrafeitos e a possibilidade do acesso a produtos que não estão disponíveis no retalho chinês ou que, estando presentes, são significativamente mais caros nas lojas físicas.
Ao contrário do que sucede na Europa, o e-commerce chinês não é popular apenas pela sua conveniência, mas por colmatar falhas nas infraestruturas comerciais, nomeadamente em regiões menos desenvolvidas do país. Na China, há dois centros comerciais por cada milhão de habitantes, um décimo do rácio verificado nos EUA.
No mercado online na China as aplicações móveis assumem grande importância.
Em 2015, as transações via móvel (smartphones ou tablet) ultrapassaram as realizadas por computador, passando a representar 55,5% do total. Atualmente, 79% das vendas do Tmall e do JD são feitas via smartphone. É por isso necessário adotar no país uma estratégia de mobile-first, não descurando, obviamente, outras plataformas.