Os cabeleireiros, barbeiros e institutos de beleza devem afixar na porta do estabelecimento um aviso sobre os condicionalismos a que estão sujeitos devido à situação de pandemia covid-19.
Esta é uma das várias recomendações que constam do “Documento de Compromisso do Setor”, que estabelece as regras para o reinício da atividade baseado nas orientações da Direção-Geral da Saúde (DGS) e resulta de um protocolo de cooperação assinado, este sábado, entre esta e a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP).
Os estabelecimentos, que têm de ter um plano de contingência para a covid-19, devem recusar a entrada de clientes que apresentem “sintomas compatíveis” com a doença e trabalhar apenas por marcação para garantir um menor número de pessoas dentro das instalações e cumprir um distanciamento de dois metros entre elas.
Se existirem clientes em espera, estes devem aguardar fora do estabelecimento, com uma distância mínima de dois metros entre si, segundo o documento-o, divulgado hoje.
Devem ser criados horários de trabalho diferenciados, para “reduzir o número de trabalhadores em simultâneo no estabelecimento”, e manter a porta aberta para minimizar o toque no puxador. Em caso de não ser possível, deve higienizar-se o manípulo após a sua utilização.
À entrada do estabelecimento, deve haver gel e álcool e “incentivar o seu uso” através de pósteres disponíveis no site da DGS.
Os cumprimentos devem ser apenas por “aceno de cabeça ou verbalmente” e cabe ao cliente colocar os seus haveres no bengaleiro, não devendo este levar sacos de compras para o interior do espaço.
Deve ser pedido ao cliente que cumpra “a etiqueta respiratória” quando tossir ou espirrar e deve ser afixado nas casas de banho o folheto da DGS sobre a lavagem correta das mãos.
Também não pode ser oferecida comida, nem café, chá ou outra bebida e não devem existir revistas, tablet, informações escritas, etc.
“As ferramentas de diagnóstico como câmara, tablet, mostruários de cores etc. só podem ser usadas pelo profissional e devem ser desinfectadas após cada utilização”, recomenda.
O pagamento deve ser feito preferencialmente por multibanco ou cartão de crédito e o cliente tem de usar máscara ou viseira.
Regras para funcionários
Os funcionários devem usar máscara cirúrgica, óculos de proteção, ou de preferência viseiras, e o calçado e roupa são de uso exclusivo, lavada diariamente e “quando possível trocada entre clientes ou descartável”.
Devem lavar ou desinfetar frequentemente as mãos entre clientes, depois de tocar em dinheiro/cartões de crédito, entre outras situações, e não devem usar adornos.
Devem também “evitar as unhas de gel, gelinho e unhas compridas que impedem os profissionais de higienizar adequadamente as suas mãos” e não devem apresentar-se ao serviço se manifestarem sintomas sugestivos da covid-19.
Cada funcionário deve ter o seu próprio equipamento (secador e escovas, por exemplo) e descontaminá-los de forma regular e periódica e não podem partilhar utensílios entre clientes.
O documento define ainda a criação de um plano de limpeza, higienização e desinfeção que preveja “uma maior frequência para todas as superfícies”, como mesa de manicura, braços das cadeiras de cabeleireiro, interruptores, manípulos de portas e terminal de multibanco. Escovas, tesouras, pentes, limas devem lavar-se e desinfetar-se após cada utilização, salienta.
Deverá existir no mínimo dois caixotes de lixo com tampa acionado a pedal revestido a saco de plástico, uma para os resíduos urbanos e outro para os equipamentos de proteção individual descartáveis.
“O sistema de ventilação não deve ser colocado no modo de recirculação do ar” e “em espaços fechados” devem abrir-se as portas ou janelas.
O documento adverte que, “uma vez que o vírus continua em circulação na comunidade, a retoma da atividade se não for bem acautelada poderá, devido ao aumento de exposição e contactos, expectável em face da retoma da actividade e cessação progressiva do confinamento social, aumentar a possibilidade de uma segunda onda epidémica que anulará todo o esforço já feito”.
Faça download gratuito do Guia Específico para este sector aqui: “Orientação para a reabertura de estabelecimentos do Sector de cabeleireiros, barbeiros, profissionais de beleza e estética”
// Lusa